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Geralmente a tarefa de ser pai ou mãe é realmente muito ardua e trabalhosa, mas sempre muito recompensadora.
Os pais tendem a ficar muito angustiados com comportamentos que seus filhos apresentam, especialmente quando  esses comportamento produzem algum tipo de problema. Esta conduta comumente é chamada pelo senso comum de disfuncional; e os comportamentos causadores do problema, de inadequados – pois são diferentes dos quais os parentes da criança julgam corretos. Os pais, por não conseguirem lidar com o problema, acabam agindo de forma bem intencionada; mas que não vai ter o efeito desejado; e pior, trazem mais consequências desagradaveis para o lar.
Talvez o questionamento mais frequente que os pais fazem aos Psicólogos e Educadores seja sobre o ato de punir. Até que ponto uma palmada ou bronca fazem efeito quando aplicada em uma criança tida como desobediente (por exemplo).
Bem, por definição, o ato de punir significa uma ação no ambiente que tem como propriedade a interrupção imediata do comportamento inadequado, como gritar em um lugar público por exemplo. Muitas vezes, para acabar com uma birra ou comportamento inadequado de qualquer ordem, os pais recorrem a punição como única alternativa. Existem, porém, várias outras formas de educar sem que se faça uso da punição.
Existem dois tipos de processo punitivo. O primeiro é a punição positiva; que,  diferentemente do que o nome parece sugerir, ela não tem nada de legal. A punição positiva é assim descrita, por que adiciona um estimulo aversivo no ambiente que interrompe imediatamente o comportamento inadequado da criança ou seja, é uma ação do pai/mãe/responsável que faz com que a criança pare de se comportar inadequadamente na mesmo hora. Como exemplo, podemos falar que se uma criança está se quebrando alguma coisa e o pai vem e da um beliscão nela, a probabilidade dela parar de quebrar as coisas vai ser grande.
 O grande problema, é que existem efeitos colaterais muitas vezes intensos; e que por isso, nem sempre justifica-se o uso da punição positiva. Um dos principais efeitos colaterais é que o comportamento  causador do problema  vai continuar acontecendo quando o agente punidor (mãe, pai ou responsavel) não estiver presente; ou seja , não existe modificação eficiente do comportamento problema, mas um deslocamento para uma situação onde o agente punidor não está presente. Podemos dizer, além disso, que a punição positiva apenas mostra a criança o que ela não deve fazer, mas não ensina o que ela deve fazer. Por sà só, esse efeito já desqualifica o uso da punição positiva para educar.
O bater pode levar a consequências mais perigosas, pois dependendo da estrutura psicológica dos pais, pode levar a um quadro de abuso fisico ou psicológico que se transforma em espancamentos e intenso medo na criança; podendo gerar stress pós traumatico e outros problemas como timidez e problemas nos relacionamentos afetivos e sociais.Â
Por outro lado existe outro tipo de punição de comportamentos inadequados, os analistas do comportamento chamam de “Punição Negativaâ€.
Nesse tipo de comportamento punitivo, podemos dizer que existe uma retirada de um estimulo reforçador como punição a um comportamento inadequado. Como exemplo, podemos usar a situação onde uma mãe retira o video game do filho que tirou notas baixas na escola ou então da retirada da sobremesa da filha que desobedeceu. É importante dizer que a punição negativa não necessariamente implica em retirada de um reforçador contingente a resposta inadequada, mas a qualquer reforçador para a criança.
A punição negativa parece ser uma forma de lidar com comportamentos problemas mais eficaz  que a punição positiva e menos aversiva para o processo de educação. É importante ressaltar que a criança deve estar sendo comunicada com clareza sobre os motivos que levaram a retirada de um estimulo importante para ela.
Os pais devem colocar limites; regras claras e especificas. E quando essas regras são quebradas, devem aplicar as penalidades já acordadas com os filhos, ajudando-os a fazerem a ligação entre o descumprimento da regra e a conseqüência disso. Eles precisam saber o motivo da punição aplicada.
Em termos gerais podemos exemplificar com o seguinte esquema abaixo :
Existem métodos mais eficientes na educação como o reforço diferencial de outras (comportamentos) respostas (DRO) ou o reforço diferencial de (comportamentos) respostas alternativas (DRA). Essas duas formas além de extinguir os comportamentos “inadequados†das crianças sem recorrer a punição, ainda ensinam o comportamento esperado como alternativa ao comportamento (a ser eliminado) inadequado, que na aplicação do reforçamento diferencial, não vão ser consequênciadas, entrando em extinção e sendo substituidas por comportamentos adaptativos.
Em um proximo texto iremos explorar melhor os conceitos e aplicações do reforçamento diferencial de outras respostas (DRO) e o reforçamento diferencial de comportamentos alternativos (DRA) no processo de educação.
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* Nota – O termo inadequado usado nesse texto é uma referencia a comportamentos não esperados dentro de regras culturalmente aceitas no Brasil. Obviamente, dizer o que é inadequado e o que é adequado merece um maior debate, pois, mesmo os educadores tem discordâncias sobre esse tema. O Uso do termo inadequado, apenas ilustra um comportamento da criança que está causando algum tipo de problema, seja para ela mesma ou seja para o convivio social de onde essa familia está inserida, independente de valores morais sobre o que é certo e errado.
5 Responses
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Gostaria de saber se já está disponivel e onde posso encontrar o texto sobre os conceitos e aplicações do reforçamento diferencial de outras respostas (DRO) e o reforçamento diferencial de comportamentos alternativos (DRA) no processo de educação.
Ola Ligia.
O texto sobre o DRO e DRA na educação está sendo preparado pelo Neto. Em breve, estará publicado ok ?
Abraços
Muito legal esse texto, didático e esclarecedor!
PELO AMOR DE DEUS ME AJUDEM!
TENHO UMA FILHA DE 7 ANOS E UM FILHO DE 4 E NÃO ESTOU CONSSEGUINDO LIDAR COM AS BRIGAS DELES
A MENINA ESTà TENDO PROBLEMAS NA ESCOLA, SEGUNDO A PROFESSORA É A MUITO INTELIGENTE MAIS SOBRECARREGA A MENTE DE TANTA INFORMAÇAO QUE NÃO CONSSEGUE PASSAR POR ESCRITO AS INFORMAÇOES SÓ CONSSEGUE ORALMENTE
ELA NÃO DORME BEM A NOITE E SONAMBULA E QUANDO ESTà EM CASA FICA O TEMPO TODO COM LIVROS CADERNOS LAPIS NA MÃO
DESENHA MUITO BEM PARA SUA IDADE, MAIS A PROFESSOURA PEDIU PARA EU PROCURAR UM NEURO PEDIATRA E.
O QUE EU FAÇO ?
OBRIGADA
Procure então. e veja também paralelamente uma ajuda psicorepeutica.