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As habilidades necessárias para um psicólogo – parte 2 – ouvir

No primeiro texto dessa série, comentei sobre a importância da habilidade de se comunicar. Grande parte dessa habilidade está em ouvir o que o interlocutor tem a dizer. É ouvindo, prestando atenção ao cliente, que o psicólogo coleta os dados que servirão como base para o planejamento de sua intervenção.

A terapia é sobre o cliente: o psicólogo é um profissional contratado para lidar com as dificuldades e dúvidas de outra pessoa. Todo o processo terapêutico tem como objetivo auxiliar o cliente a encontrar as respostas que ele procura e a mudar os comportamentos que mantém ou produz sas dificuldades. A terapia, portanto, não é um lugar para o terapeuta exibir suas experiências ou conhecimentos. O cliente é o centro, e o profissional deve orbitá-lo humildemente.

Ouvir não é apenas olhar para o cliente, apenas prestar atenção. São necessárias posturas intelectuais e comportamentais adequadas. Neste texto, vou discutir essas posturas, começando pela comportamental. Em seguida, vou falar sobre empatia.

POSTURA COMPORTAMENTAL
O cliente PRECISA saber que o psicólogo está ouvindo. Acredito que a maioria das pessoas que procura um psicólogo o faz porque não tem com quem conversar abertamente, ou porque tem medo de conversar com as pessoas disponíveis. O psicólogo, então, cumpre o papel de ser aquele que ouve com atenção.

Olhar para o cliente, expressar-se não-verbalmente em coerência com o que ele diz, balançar a cabeça para cima e para baixo, olhar nos olhos (não fixamente), manter braços descruzados, são algumas posturas não-verbais que indicam interesse. Muitos clientes podem se beneficiar grandemente apenas com essa demonstração de interesse. Pratique-as com colegas e familiares.

Falar abertamente frases como “entendo”, “imagino como foi difícil”, “nós vamos lidar com esse problema”, etc, são indicativos bastante fortes de que se está prestando atenção. Outros poderosos indicativos são paráfrases e resumos do que o cliente disse. Use-os à vontade, apenas cuidando para não se tornar enfadonho.

POSTURA INTELECTUAL
O que pode fazer um psicólogo que ouve e não compreende o que ouviu? Absolutamente nada. É fundamental ser capaz de interpretar, abstrair e sintetizar os elementos mais importantes do que o cliente diz. Além disso, é necessário relacionar esses elementos com o que se conhece de teoria. A integração do que o cliente descreve com o conhecimento teórico do psicólogo fornece as bases para o planejamento da intevenção.

Para ouvir, em outras palavras, é preciso entender. A melhor maneira de treinar essa habilidade é por meio de muita leitura, muita conversa e elaborar resumos dessas leituras e conversas. Esse treinamento, além de melhorar a prática profissional, soma conhecimentos ao psicólogo. Estudar, raciocinar, refletir, criticar, pensar, enfim, são habilidades fundamentais e necessitam ser exaustivamente treinadas.

EMPATIA
Outra habilidade importante no repertório do psicólogo é a empatia: colocar-se no lugar do outro. Ter empatia pelo cliente, conseguir sentir o que ele sente em algum grau, pode ter efeitos extremamente positivos na terapia. Além de aumentar o grau de entendimento do que o cliente diz, também auxilia no planejamento da intervenção.

Alguns autores dizem que a empatia tem um componente intelectual (um esforço para se colocar no lugar do outro) e um componente emocional (sentir-se como o outro). Imagino que treinar o componente emocional seja tarefa difícil. Por outro lado, é possível imaginar-se no lugar do outro; acredito que treinar o componente intelectual da empatia automaticamente fará desenvolver o componente emocional.

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Neste texto comentei sobre habilidades relacionadas com a compreensão do cliente. Em seguida, vou discutir a importância do conhecimento teórico para a prática do psicólogo.

Deixe seus comentários e sugestões.

Robson Brino Faggiani

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As habilidades necessárias para um psicólogo – parte 1 – comunicação

Este é o primeito texto de uma série de pequenos artigos sobre as habilidades necessárias a um psicólogo para que ele exerça sua profissão de maneira adequada. Vou comentar sobre as habilidades que considero mais importantes. Os leitores podem contribuir falando sobre outras habilidades nos comentários desse texto, ou sugerindo algum tema via o Formulário de Contato.

Decidi começar pela habilidade de se comunicar porque falar e ouvir são as principais ferramentas de trabalho do psicólogo. É por meio da comunicação que o profissional avalia as dificuldades do cliente e é por meio da comunicação que intervém nessas dificuldades (interpretando, sugerindo, questionando, etc). Além da importância na atividade profissional em si, as habilidades de comunicação são o cartão de visitas do psicólogo: são a única base que potenciais clientes têm para avalar a qualidade do profissional.

“Comunicar-se” é, na verdade, um conjunto de habilidades. Dentro desse conjunto, pretendo discutir a capacidade de utilizar o português correto na fala e na escrita, de se expressar de forma amigável, de adaptar a linguagem ao público, de manter uma postura não-verbal coerente com a fala, e de ouvir atenta e criticamente (esta habilidade será tratada no segundo texto desta série).

UTILIZAR O PORTUGUÊS CORRETO
Um psicólogo tem que utilizar as normas cultas da língua. Deve saber escrever e falar corretamente. Isso demonstra que ele possui conhecimentos e é confiável. Um psicólogo que fale “hoje nós vai trabalhar aquele assunto” não inspira respeito.
Escrever corretamente é também importante. Não raro o psicólogo tem que produzir laudos, pareceres, ou outro tipo de comunicação sobre seu trabalho. A capacidade de organizar as informações e escrever textos coerentes também é uma medida da qualidade do psicólogo.

A expressão correta não depende apenas do conhecimento das normas cultas da língua. A base para uma boa expressão está na capacidade de integrar os diferentes conhecimentos e ser capaz de expor o que for relevante de maneira sintética. Em outras palavras, uma boa comunicação depende de pensamento e reflexão. A melhor maneira de treinar essa habilidade é lendo e reescrevendo o que foi lido.

EXPRESSAR-SE DE MANEIRA AMIGÁVEL
Como norma, o psicólogo geralmente lida com pessoas passando por dificuldades. São pessoas que precisam de um profissional que forneça a elas a ajuda que não conseguem em outros lugares. Por isso, o psicólogo deve se comunicar de forma amigável, deixando claro para seus clientes que sua função é ajudá-los. Mesmo quando deve falar sobre algo delicado, ou chamar atenção para um comportamento do cliente que não foi adequado, é necessário ser respeitoso e não punitivo.

Cortes bruscos, tom de voz alto, ironia, desdém, são formas de expressão inadequadas. O cliente pode interpretá-las como sinais de cansaço, falta de paciência ou raiva do psicólogo. Essas interpretações têm grandes chances de levar ao fim da terapia e a uma atitude negativa do cliente com os psicólogos de modo geral.

ADAPTAR A LINGUAGEM AO PÚBLICO
As normas da língua sempre devem ser observadas, mas as palavras escolhidas na comunicação devem ser compreensíveis ao interlocutor. Utilizar palavras rebuscadas com pessoas sem estudo pode dar a impressão de que o psicólogo está esnobando ou que é inatingível. Escolher palavras simples para pessoas estudadas, por outro lado, pode dar a impressão de ignorância e falta de qualidade profissional.

Um psicólogo deve se adaptar ao público, ser um pouco como um espelho do seu cliente. Para isso, precisa ter conhecimentos o suficiente para se comunicar com qualquer tipo de pessoa.

POSTURA NÃO-VERBAL COERENTE
Alguns estudos afirmam que a maior parte da comunicação entre duas pessoas ocorre por canais não-verbais. Uma fala alegre não é levada a sério quando acompanhada por uma postura contraída. Uma afirmação é interpretada como falsa se dita em tom de voz baixo ou sem contato olho no olho.

O psicólogo precisa atentar para seu próprio comportamento não-verbal. Além de se esforçar por manter uma postura coerente com as palavras usadas, a auto-observação ajuda o psicólogo a conhecer sua reação às falas do seu interlocutor. Coluna ereta, olhos nos olhos, braços sempre descruzados, acenar que “sim” com a cabeça, não realizar comportamentos repetitivos são sinais não-verbais de confiança, de que se está atento e interessado. O cliente percebe tais sinais, ainda que de forma inconsciente.

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Todas essas habilidades são fundamentais para o trabalho do psicólogo. Mas apenas falar não é suficiente para garantir a qualidade do profissional. Grande parte da comunicação envolve a capacidade de ouvir atenta e criticamente, e é isso que vou discutir no próximo texto desta série.

Robson Brino Faggiani

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Um site sobre Psicologia

Olá.

Decidi imprimir um novo tom a este site. A partir de agora, vou postar notícias ligadas à Psicologia, publicar textos de interesse dos psicólogos e tirar possíveis dúvidas sobre a área.

Fiquem a vontade para utilizarem o formulário de contato e me mandarem suas dúvidas.

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A falsa dificuldade

Vou ilustrar alguns conceitos da Análise do Comportamento utilizando um caso clínico como pano de fundo. O caso foi atendido por Juliana Helena SilvérioEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo . Ela me passou um quadro geral do ocorrido, sem entrar em muitos detalhes para não comprometer a identidade dos envolvidos.

Os pais de uma garota de 5 anos (vamos chamá-la de Carol) procuraram a psicóloga. De acordo com eles, Carol se comportava com uma criança mais nova. Fazia exatamente o que a irmã de 3 anos fazia. Na escola, era sociável e brincava com as amigas. Na sala de aula, porém, era a última a terminar as tarefas propostas pela professora.

É muito comum que pessoas leigas e alguns profissionais de saúde, incluindo psicólogos, considerem que problemas no interior do indivíduo sejam responsáveis por suas dificuldades. Por conta do atraso em terminar as tarefas e do seu comportamento infantil, os pais começaram a se questionar se Carol tinha algum atraso de desenvolvimento, ou seja, se algo no interior da criança estava funcionando de forma incorreta e causando o comportamento infantil. A nossa cultura nos ensina a olhar para dentro de nós e não para o que acontece no mundo; essa maneira de analisar os problemas pode resultar em interpretações errôneas e às vezes absurdas do que está ocorrendo.

O treino do analista do comportamento é diferente. Ele procura nas variáveis ambientais as possíveis “causas” dos problemas. Foi o que a terapeuta fez. Questionando os pais sobre o cotidiano de Carol, identificou alguns acontecimentos que possivelmente estavam produzindo o aparente atraso da garota. Chamamos esse processo de avaliação de análise funcional: consiste em recortar o comportamento em três partes: (1) variáveis ambientais que antecedem a resposta, (2) a resposta e (3) variáveis ambientais conseqüentes à resposta. Esses três termos são considerados de forma inter-relacionada; o objetivo é descobrir como cada um desses elementos é influenciado pelos outros. Eis um quadro do que Juliana identificou:

antecedente

resposta

conseqüência

A mãe sai com os filhos (parque do prédio, festas, shopping, salão de beleza) As pessoas elogiam os irmãos menores

Carol chora

A mãe explica que ela também é fofa, “só que ela cresceu e que quando as crianças crescem elas recebem pouca atenção mesmo” sic

A mãe sai com os filhos (parque do prédio, festas, shopping, salão de beleza) As pessoas elogiam os irmãos menores

Carol imita os irmãos

As pessoas dão atenção porque “ela deve estar muito traumatizada” sic

A professora passa uma atividade

Carol termina junto com as outras crianças ou antes

Fica sem fazer nada ou vai para o pátio da escola

A professora passa uma atividade

Carol fica atrasada

A professora fica com ela ajudando e faz carinho

A análise funcional permite algumas considerações sobre o que estava ocorrendo com Carol. A mais importante delas diz respeito ao que Carol estava fazendo para receber o que queria: carinho e atenção. Os pais prestavam mais atenção à garota quando ela chorava ou imitava os irmãos do que quando se comportava como uma garota mais velha. Por exemplo, ao ver Carol andando de patins, os pais diziam “todo mundo sabe fazer isso”; por outro lado, quando ela chorava ou imitava os irmãos recebia carinho e ouvia “você também é linda, Carol”.

Em palavras mais técnicas: os comportamentos inadequados estavam sendo reforçados e os adequados estavam sendo extintos. Explicando: Carol estava privada de carinho e, portanto, receber atenção era reforçador (como explicado no último texto, respostas seguidas pelo reforçador têm maior probabilidade de voltarem a ocorrer). Comportar-se como os irmãos estava se tornando mais freqüente, pois era agindo assim que a menina recebia reforço. Extinção, por sua vez, é o processo no qual uma resposta não é seguida por reforçador e, por isso, deixa de ocorrer. Andar de patins, no exemplo, e outras atividades do tipo não eram seguidas do carinho dos pais e passou a acontecer com menor freqüência.

A análise é semelhante na escola. Quem fazia a lição rapidamente podia ir ao pátio. Os alunos que demoravam em terminar as tarefas recebiam ajuda e carinho da professora. Aqui, uma explicação precisa ser feita. Geralmente, ir ao pátio é reforçador para as crianças e comportamentos que permitem a brincadeira ocorrem com mais freqüência. No caso de Carol, carinho estava sendo mais importante do que ir ao pátio, ou seja, atrasar a lição era seguido de uma conseqüência mais reforçadora do que terminá-la rapidamente. O resultado observado era o atraso de Carol em realizar as atividades em sala.

Com base nessas análises, Juliana planejou sua intervenção. Foram três tipos de ações: atendimentos à Carol, orientação aos pais e orientação à professora. Com Carol, Juliana explicou o que estava acontecendo; nas brincadeiras no consultório, dava carinho à garota quando ela brincava como uma menina de 5 anos. Nenhuma atenção era dada a brincadeiras mais infantis.

A psicóloga explicou para os pais de Carol que a menina necessitava de atenção e que o carinho devia ser contingente (ou seja, estar relacionada) às brincadeiras adequadas. O mesmo foi explicado para a professora: Juliana sugeriu a ela que fizesse mais carinho nas crianças que terminassem a tarefa rapidamente do que naquelas que se atrasassem.

Esses três conjuntos de ações obtiveram os seguintes resultados. Carol começou a se comportar como as outras garotas de sua idade e reduziu a freqüência de imitação dos comportamentos dos irmãos. Isso ocorreu porque os pais reforçaram Carol após engajamento da garota em atividades adequadas à sua idade. Na escola, Carol passou a terminar a tarefa junto com os outros colegas. A instrução à professora ainda produziu outro resultado: todos os alunos aumentaram a velocidade de resolução das tarefas. A atenção da professora, aparentemente, era reforçadora a todos os alunos e quando passou a ser contingente à rápida realização das tarefas, modificou o comportamento de todos da sala.

Ao todo, foram 8 sessões com Carol, 4 orientações aos pais, 4 somente à mãe e 2 sessões de orientação à professora.

O possível problema de desenvolvimento de Carol foi mostrado infundado. A análise da relação entre comportamento e ambiente, e a intervenção por meio de modificações ambientais foi bem sucedida. Descobriu-se que o aparente atraso de Carol era conseqüência do reforçamento de comportamentos inapropriados. Não havia nenhuma causa interna produzindo inadequação. A dificuldade era falsa.

Robson Faggiani

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Trabalho como professor

Desde o dia 28/07, estou lecionando na Faculdade de Quatro Marcos, localizada na cidade de São José dos Quatro Marcos, no Mato Grosso. Essas são as disciplinas pelas quais sou responsável:

  • Medicina Comportamental
  • Psicologia Escolar
  • Psicologia Experimental
  • Psicologia Social
  • Técnicas de Exame Psicológico
  • Teorias e Técnicas Psicoterápicas

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Aprendizagem

São inúmeras as aplicações da Psicologia dentro da área da Educação. O psicólogo pode ajudar na criação e avaliação de planos de ensino, planejar o ambiente de modo que ele favoreça a aprendizagem, lidar com alunos com necessidades especiais de educação (o que pode ser feito também na clínica) e elaborar planos de estudo.

estudando.jpgMuitas vezes um aluno não tem bom desempenho escolar porque seus hábitos de estudo são inadequados. O psicólogo e o aluno podem, juntos, decidir um planejamento de estudo mais eficiente, que leve em consideração o tempo de estudo, o local de estudo, a matéria a ser estudada e as características da relação do estudante com seus professores, pais e com a escola em si. Este trabalho é realizado de forma diferente com cada tipo de estudante, enfatizando as características pessoais do aluno e suas necessidades imediatas. Esse tipo de trabalho pode ocorrer paraestudantes do primeiro grau e para vestibulandos e adolescentes que estejam no colegial.

Dentro de escolas, o psicólogo tem o conhecimento para auxiliar na criação do plano de ensino, bem como de decidir com o professor qual o melhor tipo de postura deve ser adotada em sala de aula para favorecer a aprendizagem. Também está apto para realizar psicoterapia, quando necessário, bem como coordenar grupos de orientação profissional.

ENSINO DE PSICOLOGIA

O psicólogo também pode ensinar Psicologia em universidades e colégios. É comum a realização de pesquisas e esforços de intervenção junto à comunidade, o que é conhecido como extensão.

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Orientação a Pais

É comum que pais e filhos apresentem conflitos: possuem expectativas e desejos diferentes com relação uns aos outros. Os pais às vezes não sabem como lidar com esses conflitos de expectativas e, em sua tentativa de executar soluções lógicas, podem produzir mais problemas do que benefícios. Uma das causas disso é porque o comportamento não é tão lógico quanto gostaríamos.

familia.gifO trabalho do psicólogo com pais e filhos em dificuldades de relacionamentos não é apenas resolução de conflitos. Grande parte do trabalho é ensinar aos pais sobre análise do comportamento, uma estratégia mais produtiva do que simplesmente apontar soluções. Em certa medida, as estratégias adotadas pelos analistas do comportamento podem ser comparadas às vistas no programa SuperNanny.

No entanto, o trabalho vai mais longe. O treino de pais envolve um ensino detalhado de como resolver problemas que podem a acontecer e a prevenir seu acontecimento. Para tanto, é necessária uma observação de como os pais se relacionam com a criança e, a partir daí, é feito um planejamento de ensino e intervenção. Os resultados podem ser muito rápidos e duradouros.

Uma boa relação familiar traz benefícios não só para as crianças, mas também para os pais. Em uma família harmônica, o tempo de convívio traz prazer e alívio da pressão do trabalho. As crianças, por sua vez, são beneficiadas a curto e a longo prazo. Uma infância saudável é traduzida em um adulto íntegro e auto-confiante.

Para contratar ou saber mais sobre os serviços, entre em contato com a Equipe Psicologia e Ciência.

Leia o texto Como Lidar com os Filhos.

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Sobre Autismo

O autismo é considerado uma desordem causada por uma alteração cerebral que produz dificuldade em três áreas: (1) Comunicação, (2) Relacionamento social e (3) Comportamentos repetitivos e inadequados. Ainda não se sabe ao certo a origem da alteração cerebral. No entanto, modernos tratamentos, como o método ABA, permitem à criança aprender a se comunicar e criar laços sociais.

autismo.jpgO autismo é uma desordem espectral, gradativa. Ou seja, as características observadas nas pessoas autistas também estão presentes, em menor grau, em pessoas com desenvolvimento típico. De forma semelhante, algumas desordens, como o transtorno de Rett, reúnem características exacerbadas do autismo.

Por ser espectral, algumas pessoas acreditam que o autismo não seja realmente uma doença, mas apenas uma característica humana como qualquer outra. De acordo com essa perspectiva, pode-se dizer que há pessoas com muita ou pouca altura e que há pessoas com muito ou pouco “autismo”. Independentemente de ser ou não uma doença, alguns cuidados e atividades podem tornar a vida de indivíduos diagnosticados com autismo mais produtiva (veja Autismo -Terapia, neste site).

MAIS SOBRE AS DIFICULDADES

Prejuízos na comunicação: Muitos autistas têm dificuldade em desenvolver um repertório verbal adequado para as exigências cotidianas. Suas frases podem conter poucas palavras e pode haver dificuldade em compreender a fala de terceiros.

Prejuízos em relacionamento social: A capacidade de compreender os sentimentos de outras pessoas é baixa nos autistas. Normalmente, outros elementos do meio, como objetos que giram ou televisão, são preferidos a contato social.

Prejuízos na relação com o ambiente: É comum que autistas executem comportamentos repetitivos e, em alguns casos, auto-lesivos. Supõe-se que um dos motivos por que esses comportamentos ocorrem seja a auto-estimulação que eles produzem.

Sensações: Alguns estudiosos afirmam que os autistas têm dificuldades em organizar os dados de sua percepção, ou até, percebem o mundo de forma diferente. Se esses estudiosos estiverem corretos, essa distorção perceptual poderia explicar, em parte, as dificuldades dos autistas, particularmente aqueles relacionadas à contato social e comportamentos repetitivos.

Essas dificuldades podem ser bastante amenizadas com terapia. Alguns autistas levam uma vida normal, em todos os sentidos. A participação dos pais é fundamental para esse sucesso.

Para mais informação sobre o autismo, visite os seguintes sites:
Wikipedia – Autismo (português)
Artigo sobre o método ABA (português)
Wikipedia – Autismo (inglês)
Site sobre o método ABA (inglês)

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Autismo – Grupo de Pais

A criação de grupos de pais tem por objetivo proporcionar orientação a pais de crianças autistas, complementando o trabalho do profissional especializado e possibilitando a troca de experiências entre diferentes pais.

  • JUSTIFICATIVA: Lidar com crianças autistas requer atenção constante. Elas tendem a agir de maneiras inadequadas quando não estão realizanto tarefas. Quanto mais tempo em companhia da criança, ensinando-a, mfamilia-2.jpgelhores são os resultados em seu comportamento. Os pais podem ajudar, conhecendo e aplicando princípios básicos sobre o comportamento e técnicas para lidar com seus filhos. O auxílio dos pais às crianças em situações cotidianas as ajudam a se tornarem independentes e a lidarem melhor com situações sociais.
  • METODOLOGIA: O trabalho é realizado de acordo com os pressupostos do método ABA (Applied Behavior Analysis – Análise do Comportamento Aplicada).
    • Orientação em Grupo: os pais se reúnem com o orientador e apresentam seus filhos e possíveis problemas que estejam ocorrendo. O orientador, juntamente com os outros pais, procura soluções e propõe mudanças para solucionar o problema. O espaço permite a troca de experiências emocionais e cotidianas, que facilitam o convívio com a criança.
    • Orientação Individual: Os pais que desejarem podem se encontrar com o orientador individualmente, para falar sobre problemas específicos e tirar dúvidas.
  • POPULAÇÃO ALVO: Pais e cuidadores de crianças autistas.
  • VAGAS: O número de vagas deve ser combinado com o grupo de pais. Se for necessário, dois ou mais grupos podem ser formados.
  • PERÍODO: Início em Março/2008
  • DURAÇÃO/FREQUÊNCIA/LOCAL: Cada encontro terá duração de 01h50min (uma hora e cinqüenta minutos) e será realizado uma vez por semana, em Guarulhos.
  • ORIENTAÇÃO: Robson Faggiani

Para contratar ou saber mais sobre os serviços, entre em contato com a Equipe Psicologia e Ciência.

Saiba mais sobre autismo.

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    Fobia de Dirigir

    womandrivingcar.jpgÁrea em construção.

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